Segurança da Informação

Empresas que ‘devem’ resgate de ransom DDoS são ameaçadas

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Cibercriminosos por trás de uma campanha global de ransom DDoS (ataque distribuído de negação de serviço) estão, agora, retomando o contato com as organizações vítimas de seus ataques para cobrar o pagamento de resgate, segundo um novo relatório da empresa de segurança Radware. Em outubro do ano passado, a empresa e o FBI fizeram um alerta sobre a companha que teve como foco instituições financeiras e empresas de outros setores. O ataque ultrapassou 200 GB e durou mais de nove horas sem interrupção.

O relatório observa que as empresas foram atingidas pela primeira vez por um grupo não identificado em agosto ou setembro de 2020. E aquelas que não conseguiram ou se recusaram a pagar o resgate inicial receberam e-mails de extorsão em dezembro e neste mês, exigindo de cinco a 10 bitcoins (US$ 160 mil a US$ 320 mil).

“Pedimos que 10 bitcoins sejam pagos para evitar que toda a sua rede sofra um DDoS. Está muito tempo atrasado e não recebemos o pagamento. Por quê? O que está errado? Você acha que pode mitigar nossos ataques? Você acha que isso foi uma pegadinha ou que vamos simplesmente desistir? Em qualquer caso, você se engana”, diz a segunda mensagem, segundo a Radware.

As mensagens foram enviadas para um endereço de e-mail genérico, por isso, muitas não chegaram à pessoa certa na organização. Em razão disso, as vítimas agora receberam um segundo conjunto de mensagens ameaçadoras.

De acordo com a Radware, o segundo pedido de resgate tem a seguinte mensagem: “Talvez você tenha se esquecido de nós, mas nós não esquecemos de você. Estávamos ocupados trabalhando em projetos mais lucrativos, mas agora estamos de volta”.

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Os pesquisadores da fornecedora de soluções de segurança acreditam que as duas rodadas de ataques foram conduzidas pelo mesmo grupo devido às semelhanças na infraestrutura do ataque e no estilo da escrita das mensagens. As empresas que receberam as novas cartas não tiveram os nomes revelados no ano passado, por isso apenas o grupo hacker original pode saber aquelas que não pagaram o resgate.

Mudança de tática

Os pesquisadores da Radware dizem que as táticas recentemente observadas por esse tipo específico de ataque indicam uma mudança fundamental em como o grupo opera. Anteriormente, os operadores de ransomware tinham como alvo uma empresa ou setor por algumas semanas e depois seguiram em frente.

“A campanha de resgate global de DDoS 2020-2021 representa uma mudança estratégica dessas táticas. A extorsão de DDoS agora se tornou parte integrante do cenário de ameaças para organizações em quase todos os setores desde meados de 2020”, afirma o relatório.

A outra grande mudança observada é que o grupo de ameaça não tem mais medo de retornar aos alvos que inicialmente ignoraram o ataque ou ameaça. A Radware alerta que as empresas visadas no ano passado podem esperar outra carta e ataque nos próximos meses.

“A persistência, tamanho e duração do ataque nos fazem acreditar que este grupo teve sucesso no recebimento de pagamentos ou tem amplos recursos financeiros para continuar seus ataques”, afirma o relatório.

Outra razão pela qual Radware acredita que os hackers estão retomando a campanha anterior é o aumento no valor do bitcoin. Em agosto do ano passado, a moeda digital estava cotada a US$ 10 mil, mas no final do ano saltou para aproximadamente US$ 30 mil.

Tendências de ataques DDoS

Este mês, a divisão de inteligência de ameaças da empresa de segurança Check Point Software descobriu uma nova botnet denominada FreakOut, que lançou ataques DDoS contra sistemas Linux vulneráveis.

Em dezembro, a empresa de segurança Citrix alertou que os agentes da ameaça estavam aproveitando os produtos ADC da empresa para conduzir e ampliar ataques distribuídos de negação de serviço.

Anteriormente, o FBI emitiu um aviso segundo o qual tinha constatado um aumento significativo não apenas no número de ataques DDoS que afetam organizações dos EUA, mas também nas técnicas usadas para amplificar esses ataques.

Fonte: www.cisoadvisor.com.br

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